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Momentos

Razões para a continuidade de Manuel Machado - sim ou não?

sexta-feira, 23 de março de 2007

Sim. Claramente sim, com as razões que enuncio infra. Antes disso, porém, gostava apenas de relembrar que, nestas lides do futebol, o que hoje é verdade amanhã é mentira, pelo que não deve espantar a ninguém que uma determinada fonte veicule uma informação que parece ser a correcta e que, pouco depois, a realidade evolua no sentido contrário. Muitas vezes, torna-se até difícil saber a causa/consequência de determinadas tomadas de posição. Às vezes, o timing de certas decisões é apressado em função de várias condicionantes, inclusivamente certas notícias que começam a surgir na imprensa que urge desmentir rapidamente. Por isso, repito, o facto de Manuel Machado ter renovado ontem com a Académica, não pode deixar de ser tomado como uma (correcta) tentativa de apaziguar alguns ânimos e diminuir a instabilidade que começava a surgir quanto à continuidade ou não da equipa técnica.
Sim, portanto, à continuidade de Manuel Machado no comando da equipa técnica da Académica. Ainda antes de enunciar as razões que me levam a concordar com tal tomada de posição, avanço com alguns aspectos menos positivos do reinado de Manuel Machado.
Aspectos negativos
Desde logo, a incapacidade que tem tido de se assumir como elemento congregador do espírito académico, alguém que se assuma, claramente, como o homem do leme, que puxe pelo público e pelos jogadores. No fundo, que seja o pólo de consenso e de motivação no seio do clube. Fiel ao seu estilo, Manuel Machado adoptou sempre uma postura de low-profile, dialogante mas pouco enérgica, pouco reactiva, discurso pouco ou nada inflamado, palavras cuidadosamente escolhidas, razão antes da paixão. Não tem levantado ondas, mesmo quando se exigia, quer internamente, na sequência de jogos pouco conseguidos e de problemas disciplinares, quer externamente, por exemplo, após jogos em que a Briosa foi claramente prejudicada pelas arbitragens.
Além disso, Manuel Machado terá sido, ele próprio, responsável por algumas contratações falhadas esta época. E quando falo em "responsável", falo quer ele tenha exigido a contratação do jogador, quer tenha dado o seu aval. O exemplo de Medeiros é paradigmático, mas a ele se juntam os casos de Sonkaya, Raúl Estevez ou Nestor Alvarez.
Acresce ao exposto, a circunstância de Manuel Machado nunca ter conseguido estabilizar a equipa em termos tácticos. 4x3x3, 4x4x2, 3x3x3x1, 4x2x3x1, foram esquemas a que se socorreu ao longo do campeonato. Naturalmente que, muitas das vezes, o fez na sequência de impedimentos, lesões, castigos, mas o que me pareceu evidente foi que havia jogadores a jogar fora do seu habitat natural, perdendo influência e rendendo muito menos. Os casos de Brum a fechar do lado direito da defesa, de Kaka a defesa esquerdo, de Dame N'Doye a extremo, são exemplos de situações mal conseguidas. Aliás, relativamente a este ponto, cabe acrescentar que são raros, muito raros, os jogos que Manuel Machado conseguiu inverter a partir do banco: quando se pedia lucidez, clarividência, astúcia, Manuel Machado arriscou muitas vezes mal, recorrendo a substituições-tipo em que trocava médios de contenção por avançados, com a inerente perda do meio-campo e do controlo do jogo.
Aspectos positivos
Muitos dos factores negativos que evidenciei, são claramente atenuados se tiveremos em consideração outros factores. Manuel Machado não tem culpa da instabilidade directiva em que vive a Académica; é alheio ao facto de ter tido um plantel com 16/17 caras novas; não tem responsabilidade pelas lesões decisivas que assolaram o grupo de trabalho, uma vez que Filipe Teixeira começou a 20%, Nuno Luis nunca esteve bem, Hélder Barbosa perdeu a época, Miguel Pedro lesionou-se quando estava bem, Nestor Alvarez esteve 2 meses de fora o que lhe retirou ritmo competitivo, Pavlovia acabou a época quando se assumia como alternativa (mais) credível para o meio-campo, Joeano ficou de fora 1 mês, após regressar em grande à equipa com o golo que valeu a vitória na Figueira.
Manuel Machado foi também, recorde-se, o responsável pela viabilização da contratação de Dame N'Doye, cujo mérito da sua contratação não pertence, de todo, a qualquer rede de olheiros da Académica, mas a uma obra do acaso, que teve em Manuel Machado o seu descobridor. Dame é hoje, claramente, o jogador com mais potencial do plantel, e, se não fossem os imbróglios por demais conhecidos da sua (não) renovação, diria que a Académica teria ali o seu maior activo.
O treinador da Académica, convenhamos, é o principal responsável pelos resultados desportivos. Olhando para a classificação, é, portanto, legítimo perguntar, se a Briosa podia estar melhor. A resposta é, evidentemente, afirmativa. Mas o que não me parece legítimo é querer imputar a Manuel Machado uma não qualificação europeia, dado que, claramente, só quem está fora da realidade da Académica pode sugerir essa possibilidade como imediata. Por isso, arrisco que a Académica tem cumprido, com nota 10, q.b., com serviços mínimos o que se lhe era exigido. Está em condições favoráveis para garantir a manutenção e fez um desempenho meritório na Taça de Portugal, o que não sucedia há alguns anos, acabando eliminada em Alvalade pelo Sporting.
Para mim, aliás, o factor decisivo da continuidade do treinador é, claramente, a estabilidade. O Paços não tem o orçamento da Académica e luta pela Europa. Porquê? Porque tem um treinador identificado com o clube, que durante anos lutou para não descer, e que agora consegue dar o salto qualitativo. A Briosa, se quiser ser maior (diria, ainda maior), se quiser sonhar (ainda) mais alto, tem começar por ter na sua estrutura pessoas capazes, com qualidade, capacidade, e identificadas com o clube e com os seus projectos.
Acredito que, apesar de tudo, a Briosa do próximo ano, tem tudo para ser mais forte. A começar pela continuidade de Manuel Machado.

Autor: Nuno Oliveira » COMENTE: |

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