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Momentos

O 3x3x3x1 de Manuel Machado

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Há muitos anos que vejo jogar a Académica e não darei novidade nenhuma se disser que o actual esquema táctico da Briosa é, porventura, dos mais elaborados de me lembro. Costuma até dizer-se que cada clube tem uma filosofia táctica, que se adequa ao seu historial. Não preciso de recordar o 3x4x3 do Ajax ou o clássico 4x4x2 britânico. O Sporting, por exemplo, sempre foi uma equipa que privilegiou este esquema ao longo dos anos, honrando, "qui ça", a sua tradição britânica, enquanto que nos últimos anos, é o 4x3x3 que melhores resultados tem dado ao F.C.P.
Na AAC, e tal como nas maioria dos clubes, o esquema táctico varia consoante as concepções do treinador que dirige a equipa. A novidade, esta época, é que o mesmo treinador adopte tantos e tão diferentes esquemas. Vejamos. Manuel Machado começou a época a jogar em 4x3x3, com Hélder Barbosa e Miguel Pedro como alas, variando, posteriormente, para um 4x4x2, ainda com as alas bem abertos nas linhas e apenas com duas unidades de contenção, no apoio aos dois avançados. Com a lesão de Hélder Barbosa, e porque a Briosa não tem um plantel com muitos extremos, o 4x4x2 passou a funcionar segundo o modelo do losango, no meio-campo, cabendo a Filipe Teixeira pautar todo o jogo ofensivo da Briosa.
Todavia, a novidade, nas últimas partidas, reside na adopção deste esquema do 3x3x3x1. Três unidades defensivas, a que se segue uma segunda linha de médios de maior contenção e de capacidade na recuperação de bola, que fazem a ligação entre a zona defensiva e a linha criativa, na qual Filipe Teixeira assume papel destaque, no apoio ao ponta de lança.
Razões deste modelo e vantagens:
A razão mais forte centra-se na ausência de laterais de qualidade na defesa da Académica. Sem lateral direito, e com Lino que é mais extremo que lateral, Manuel Machado vê-se forçado a adoptar um esquema que não privilegia as faixas. Além disso, permite assim o avanço de Lino pelo seu corredor para que este faça aquilo que melhor sabe: atacar. Outra das razões pode ter a ver com o facto de, ao jogar com 3 centrais e 3 médios de cobertura, a equipa ficar (teoricamente) mais forte nas bolas paradas.
Desvantagens:
Várias. Desde logo, o facto da Académica ficar amputada de jogo pelas linhas na 1a fase de construção, tornando-a muito previsível. Litos, Danilo, Kaká (ou Medeiros), não sobem com a bola controlada, não criam rupturas, apenas se limitam a despachar a bola ou a entregá-la aos médios da segunda linha. Aliás, o problema principal, diga-se, reside nesta segunda linha. Três médios de caracteristicas semelhantes, batalhadores e sem rasgo, não fazem um passem a mais de 10 metros, não forçam o 1x1, não jogam pelas linhas. Brum é uma visão do jogador que já foi, descaído pela direita (chegou a ser confrangedor ver Simão a passar por ele), Alexandre descaído para a esquerda perde sentido posicional e Paulo Sérgio, no meio, apenas tem capacidade para destruir e ganhar bolas altas. Por isso mesmo, a solução passa sempre por procurar a referência, o pivôt ofensivo: Filipe Teixeira, o que acentua a previsibilidade deste esquema, que só é atenuado pelas incursões de Lino pela esquerda e alguns (poucos) fogachos de Miguel Pedro pela direita. E como Gyanó (ou Nestor), raramente saem do seu habitat natural para procurar jogo... temos todo o futebol ofensivo da Brisa resumido a 2 jogadores. Claro que, em abono da verdade, se deva dizer que este esquema terá alguma utilidade fora de casa e com Dame N'Doye no 11, porque a sua mobilidade e capacidade técnica, permite que haja mais movimentos de ruptura para as entradas dos médios nas zonas de finalização.
O jogo com o V.Setúbal
Carlos Cardoso leu bem e colocou a equipa a jogar em 4x4x2 com um losango no meio-campo. Varela e Amuneke faziam pressão no trio defensivo da Briosa, Binho encostava (e de que maneira) em Filipe Teixeira, Sandro, André Barreto e Bruno Ribeiro chegavam e sobravam para Brum, Paulo Sérgio e Alexandre, com a vantagem de André Barreto conseguir dar acutilância ofensiva e meia distância à turma do sado. Janicio vigiava (mal) Lino, Verissimo (adaptado), marcava Miguel Pedro, e os centrais Auri e Hugo eram mais que suficientes para Gyano, acabando por dobrar os laterais quando estes subiam.
Quando Manuel Machado mexeu, foi pior a emenda que o soneto, porque abdicou totalmente de construir jogo pelas faixas e a partir de trás, passando, a 20 minutos do fim, a jogar num ridiculo 3x2x1x4, que nunca incomodou a defensiva setubalense. Carlos Cardoso voltou a ler bem e lançou Rui Dolores e Amuneke para explorar as faixas (onde não estava ninguém da Académica) e por pouco não chegou ao 2-0.
Manuel Machado é, na minha opinião, um bom treinador, e saberá, melhor que niguém, os jogadores que tem ao seu dispor. Mas talvez não fosse preciso inventar tanto para mostrar aquilo que já toda a gente sabe: a Briosa tem um plantel muito desequilibrado, nas faixas e no seu sector atacante, pelo que é urgente que se contratem jogadores para colmatar essas falhas. E, de preferência, que não seja por vídeo.

Autor: Nuno Oliveira » COMENTE: |

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