Análise à Naval 1.º de Maio
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
A Naval ocupa um tranquilo 7.º lugar na tabela classificativa, com 24 pontos, fruto de um início de época absolutamente fulgurante e de, posteriormente, ter sabido manter uma razoável constância de resultados. À semelhança do que aconteceu com o último adversário da AAC, o Setúbal, também a Naval conhece, neste momento, o terceiro treinador esta época. Começou com Rogério Gonçalves, mas a sua saída para Braga motivou a subida do seu adjunto Fernando Mira ao comando técnico da equipa, até Mariano Barreto se desvincular do clube moscovita e assinar pelos figueirenses. Comum a todos eles? O mesmo sistema táctico.
O 4x3x3 da Naval
A Naval é uma equipa que me faz lembrar um pouco o Paços de Ferreira: jogam sempre em 4x3x3, com uma linha defensiva recuada, apoiada por uma linha média contituida por um pivôt defensivo e dois médios de transição, em que, pelo menos um deles assume também tarefas de recuperação de bola e de cobertura aos laterais. Depois, joga com os alas bem abertos, espreitando o contra-ataque rápido, no sentido de servir o ponta-de-lança, em cunha entre os centrais adversários. Raramente mudam a filosofia, quer estejam a perder quer estejam em vantagem.
O que muda de jogo para jogo é, fundamentalmente, a posição ocupada por um outro jogador. Vejamos. A Naval teve, ao longo das jornadas, um onze titular, que não variava muito: Taborda, Mário Sérgio (grande época) a defesa direito, China na esquerda, os centrais Fernando (capitão) e Paulão (uma das revelações), Orestes (excelente jogador) e Gilmar a funcionarem como duplo pivôt defensivo, Fajardo (no seu ano de afirmação) como organizador de jogo, Saulo e Lito nas alas e Nei a ponta de lança. Assim, e nalguns jogos fora de portas ou frente a adversários mais fortes, variava somente a posição de um ou outro jogador, mas nunca a estrutura. Saía Saulo, Fajardo ocupava uma das faixas e o meio campo era fortalecido ou com Solimar ou com Pedro Santos.
A Naval no day after do fecho do mercado de transferências
A Naval reforçou-se neste mercado de Inverno, destacando-se as entradas de Delfim (ex-Young Boys) e Tiero, um avançado (que já esteve ao serviço do V.Guimarães, embora por muito pouco tempo) que está suspenso pela FIFA até Abril e que foi indicado por Mariano Barreto, que já o conhecia desde que treinou o Gana, apelindando-o de um dos melhores jogadores ganeses da actualidade, além de Dudu (rapidissimo e muito forte no 1x1), Elivelton (ponta de lança) e Osvaldo.
Todavia, a grande novidade introduzida por Mariano Barreto desde que chegou ao comando da equipa, foi a colocação no 11 titular do jovem João Ribeiro, ex-júnior, de 19 anos, que "encostou" Saulo e tem dado muito boa conta do recado. Mariano Barreto é um técnico de gosta de apostar na juventude, e prova disso é que tem também lançado às "feras", outro miúdo, Pimenta de seu nome, de 21 anos, ex-Sp.Covilhã.
Amanhã, a Naval deve jogar com Taborda, Mário Sérgio, Paulão (já recuperado do traumatismo que sofreu na Amadora), Fernando, China, Solimar (no lugar do castigado Orestes), Gilmar, Fajardo, João Ribeiro, Lito e Nei.
Acabo deixando votos para que a AAC surja em campo no domingo decidida a pontuar, depois de 5 derrotas, e motivada também pelo regresso do matador Joeano. E que bom que era se ele conseguisse repetir a 2.ª volta da época passada em que marcou "apenas" 12 golos...
Força Briosa!
Autor: Nuno Oliveira » COMENTE: |
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on sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007 at 15:42.