A Briosa e a Selecção Nacional
quarta-feira, 28 de março de 2007
Longe vão os tempos dourados em que jogadores da Académica eram presença frequente na convocatória nacional. Torres, Bentes (Rato Atómico), Mário Wilson, Capela, Gervásio, Toni, Jorge Humberto, Artur Jorge, Peixoto, Rocha, Vítor Campos, Oliveira Duarte, Lourenço, Manuel António, Ernesto, Rui Rodrigues, Alhinho... e até o extremo-esquerdo Fernando Freitas que curiosamente repetiu uma convocatória pela Académica, sendo que a seguinte foi já ao serviço do União de Coimbra.
Será problema de escola? De formação? Claramente SIM!
Já várias vezes aqui coloquei este problema. A formação é a única forma que a nossa Instituição tem de preservar quase intactos os seus valores históricos, da mesma forma que se consegue munir e auto-valer para o futebol actual e as suas exigências. Finalmente, vamos desabrochar paulatinamente o Complexo Dr. Francisco Soares, que poderá ser, caso haja um investimento adequado, o garante da formação como uma mais-valia para a Instituição a nível desportivo e financeiro, mas acima de tudo, para garantir a moralidade e valores como o amor à camisola, a mística briosa, e permitir até ao máximo possível que os jogadores progridam no seu percurso académico e estudantil.
O Brasil soube perceber a sua capacidade em exportar jogadores. Só agora, e com o investimento na Academia de Alcochete o Sporting tem tirado altos dividendos disso mesmo e se olharmos para a actual Selecção Nacional, muitos dos jogadores são de formação leonina... coisa que poderíamos também conseguir. Assim resolveríamos questões financeiras, desportivas e asseguraríamos um repositório de valores e moralidade tão próprios da nossa Instituição.
Se não se optar por esta via, há sempre o mercado brasileiro, barato, de rápido e fácil acesso, em que os clubes funcionam como que plataformas giratórias de valorização de passes dos jogadores para os colocar noutros clubes.
Se pontualmente vamos encontrando aqui e alem alguns ex-briosos que conseguem envergar a camisola das quinas, mais raro isso se torna se formos a observar sob a óptica dos jogadores de formação da Académica.
Dos últimos casos, temos apenas Sérgio Conceição (que apesar de tudo não teve aqui toda a sua formação) Lucas (Selecção B) e Dimas.
Já olhando para jogadores que passaram pela Académica a lista engrossa um pouco. Carlos Martins, Fernando Couto, Tonel...
Já no presente, há casos diferentes:
Vitor Vinha: Fez carreira nas selecções jovens onde ainda joga. Tem agora o lugar 'tapado' por Lino, que na minha opinião ganhava mais a jogar a extremo, com o Vinha nas costas. Dada a carência de laterais direitos na equipa portuguesa poderia ser um caso a estudar... mas se nem cá joga...
Filipe Teixeira: Um polivalente, craque! Está em grande forma e transborda talento. Estaria melhor na convocatória que o Hugo Viana por exemplo...
Pedro Roma: Um dos grandes guarda-redes portugueses e um dos melhores da sua geração. Merecia uma convocatória nem que como prémio-carreira. Uma injustiça!
Zé Castro: Já cá não está...mas começa a abrir-se a hipótese de chegar à Selecção. E com mérito, diga-se. Outro dos que esteve sempre nas Selecções e tardou a ter oportunidade na equipa dos 'estudantes'...
Nas camadas jovens, vários jogadores começam a ser presenças assíduas nas convocatórias nacionais. Esperamos para ver de que forma a Académica vai gerir a sua formação e utilização. Mas, rematando, uma coisa é certa: A Académica tem potencial e valor para formar, lançar e ter jogadores com frequência na equipa de todos nós!
Etiquetas: académica, camadas jovens, formação, portugal, Selecção nacional
Autor: Libelinha » COMENTE: |
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on quarta-feira, 28 de março de 2007 at 19:10.