Último jogo do estágio que decorreu entre Cantanhede e a Tocha, frente a (mais) um adversário da Liga Vitalis, e com um saldo semelhante aos anteriores. Neste momento, é já possível fazer algumas comparações com o ano passado, sendo que me parece que é indiscutível que a Académica está melhor, nesta fase, do que há um ano atrás. O que não significa, naturalmente, que isso seja suficiente.

O sector defensivo está mais estável, a equipa sabe o que tem de fazer quando não tem a bola, concede poucos espaços no seu meio-campo e conta com a experiência e a qualidade quer dos guarda-redes quer dos elementos do sector recuado para conferir essa segurança à equipa. Os problemas começam, todavia, logo na 1a fase de construção de jogo, em que a equipa sente muitas dificuldades para efectuar a transição ofensiva, limitando-se, frequentemente, a fazer passes lateralizados ou para trás, sem conseguir dar volume de jogo e perturbar o esquema defensivo do adversário. Além disso, nota-se ainda um gritante falta de acuidade em termos ofensivos, já que a Briosa cria uma média de 1 ou 2 oportunidades de golo em 90 minutos, o que certamente preocupará Manuel Machado.

1a parte: Ricardo, Pedro Costa, Litos, Berger e Vinha; Paulo Sérgio, Nuno Piloto, Miguel Pedro; Lito, Hélder Barbosa e Vouhou.

De salientar, nesta 1a parte, para a confirmação de que Ricardo pode, de facto, vir a ser mais-valia, com uma grande defesa a um cabeceamento na sequência de um canto em que Berger falhou o tempo de salto. Este central austríaco, apesar desta falha, deu boas indicações, especialmente no capítulo do desarme. Pedro Costa ainda não está com o ritmo ideal e sentiu algumas dificuldades de cada vez que Gaúcho ou Jorge Leitão descaíam para o seu flanco, enquanto que na extrema oposta Vitor Vinha confirmou um momento de forma menos postivo, falhando vários passes e cruzamentos. No meio-campo, Nuno Piloto volta a ser o jogador mais utilizado por Manuel Machado na pré-época, à semelhança do que sucedeu a época passada, a que não é alheio o seu bom momento de forma, com capacidade de fazer pressão em zonas mais subidas do campo e várias recuperações de bola, assim como Paulo Sérgio, que se perfila como o principal candidato ao lugar. Helder Barbosa teve alguns pormenores, mas foi Lito o principal desequilibrador do jogo ofensivo da equipa, quer à direita quer à esquerda, numa partida em que se deve realçar a entrega de Vouhou, que correu muito os 90 minutos, e mostrou que pode ser uma alternativa válida para a frente de ataque, pressionando bem os defesas contrários, recebendo bem a bola de costas para a baliza, com bom toque de bola. A rever.

2a parte: Pedro Roma, Sarmento, Kaká, Orlando e Lira; Pavlovic, Nuno Piloto, Licá, Helder Barbosa (Gyanó), Lito (Fofana) e Vouhou.

Realce, pela negativa, para o jogo menos conseguido de Sarmento, com perdas de bola absolutamente infantis em zonas proibitivas e para as boas indicações dadas por Lira, numa altura em que se fala insistentemente do reforço do lado esquerdo da defesa (parece-me bem mais urgente o reforço do lado direito, mas Lira não terá convencido Manuel Machado). Orlando em bom plano, enquanto que Kaka continua a revelar alguns problemas de posicionamento, compensadas com a sua velocidade e ... jogo faltoso (trata-se de um jogador com mercado que a sair, conforme se veiculou, não me parece uma perda irreparável para a equipa, que tem soluções mais que suficientes para a colmatar). Pavlovic melhor no meio-campo, foi pecando no passe, Licá com as dificuldades e limitações que já lhe apontámos, apesar de ter desenhado um bom lance ofensivo. Quanto a Fofana, esteve 25 minutos em campo e foi o mais castigado com faltas:fortíssimo no 1x1, bom drible, com grande capacidade nas mudanças de velocidade, faz lembrar fisionomicamente Russel Latapy, mas sem a capacidade de pensar e pautar o jogo da equipa como fazia (e ainda faz) o internacional de Trinidad e Tobago.

As duas boas notícias de ontem, tiveram a ver com a chegada de Tiero e com a confirmação da contratação de Joeano, que será imprescindível nesta equipa.

A Briosa, neste momento da época, sabe o que tem de fazer no sem meio-campo. Falta a outra metade, que certamente virá com o resto da pré-época e com a chegada dos elementos importantes que faltam.

Enquanto se encontra a decorrer o jogo entre a Académica e o Feirense, ainda com 0-0 no resultado, os "Rapazes de Preto" informam que Tiero já se apresentou ao trabalho, estando neste momento a ver in loco o jogo dos seus companheiros.

Ao jogador as nossas maiores felicidades no futuro próximo enquanto jogador da Académica.

MAIS TARDE INFORMAÇÕES ACERCA DE OUTROS REFORÇOS.

Apesar do muito que se tem falado em relação ao reforço da posição de nº10 e de avançado, os “Rapazes de Preto” sabem que a possibilidade de contratar um defesa esquerdo é grande.
Esta possibilidade ganha força depois da saída de Filipe Teixeira, o que possibilita aos dirigentes outro tipo de abordagem ao mercado, e também depois de Fofana e Vouho terem mostrado qualidades o que “desanuvia” o problema que se coloca no que diz respeito a estas posições.
Para esta posição, Manuel Machado conta com Vítor Vinha e também Lira, jogador cujas características não são apreciadas pelo técnico academista.

BREVEMENTE MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ESTE ASSUNTO

A académica realizou hoje o terceiro jogo treino desta pré-época e obteve a primeira vitória depois de um empate frente ao Estoril e uma derrota no polémico jogo com o Guimarães.
No complexo desportivo da Tocha, o adversário foi o Penafiel e o resultado foi de 1-0 para a Briosa, com golo do avançado Vouho, que se encontra a treinar à experiência e tal como Fofana tem deixado boas indicações.
Com Lito a desempenhar a função de 10, a Académica iniciou o jogo com Roma na baliza, Sarmento e vinha nas alas, Berger e Káká no centro, meio campo composto por Paulo Sérgio e Nuno Piloto e nas alas Hélder Barbosa e Miguel Pedro. Na posição de ponta de lança alinhou Vouho.
Aos 25 minutos a Académica marcou, depois de uma boa triangulação entre Miguel Pedro e Lito que assiste Vouho que encosta para o primeiro golo da pré-época.
Na 2ª parte Manuel Machado fez alinhar Ricardo na Baliza, Pedro Costa e Lira nas alas, Orlando e Litos no centro da defesa; Pavlovic e Fofana no meio campo; Licá e Ivanildo no ataque. Nuno Piloto e Vouho mantiveram-se na equipa.
Apesar de bons momentos protagonizados por Fofana e por Ivanildo, a Académica raramente chegou com perigo a baliza adversária, arrastando o jogo até ao apito final.
Na próxima 5ª feira novo jogo desta feita contra o Feirense também na Tocha.

Filipe Teixeira está a caminho de Inglaterra, mais concretamente do West Bromwich Albion, clube da Football League Championship, o equivalente à nossa Liga Vitalis. O emblema britânico enviou uma delegação a Portugal, constituída pelo director geral Jeremy Peace e pelo director-desportivo, Simon Hunt, e, depois de algumas renitências da parte do jogador, por ir actuar numa divisão inferior, tudo indica que o acordo total foi atingido, segundo veicula hoje a imprensa nacional.
O West Bromwich Albion irá pagar a clausula de rescisão do médio ofensivo, estabelecida em 750 mil euros, dos quais apenas 55 por cento serão para o clube de Coimbra (400 mil euros), ficando 35% para o atleta e os restantes 10% para o Istres. Há, todavia, relatos contraditórios na imprensa britânica, que sugerem que o negócio terá atingido um milhão de libras, cerca de 1,3 milhões de euros.
Sucede que o empresário de Filipe Teixeira, Amaro Valente, veio a público manifestar o seu desagrado com toda esta situação, alegando que a transferência foi conduzida sem o seu conhecimento.

A confirmar-se, trata-se de (mais) um rombo na estrutura idealizada por Manuel Machado para esta época, ele que tinha manifestado junto da direcção academista o firme propósito de contar com Filipe Teixeira para esta época. Todavia, o montante que entrará nos cofres da Briosa poderá viabilizar, finalmente, a contratação do avançado pretendido pelo técnico, sem prejuízo da AAC poder avançar já para a aquisição dos passes de Fofona (médio ofensivo) e Djily Vouho (ponta de lança), jogadores costa-marfinenses que se têm treinado à experiência e agradado à equipa técnica.

A Briosa joga amanhã com o Penafiel, pelas 18h, no complexo desportivo da Tocha, com o aliciante de poder ver actuar estes jogadores.

No primeiro jogo-treino da pré-época, a Briosa recebeu o Estoril da Liga Vitalis, e efectuou aquilo que na gíria futebolística se designa de "típico jogo de início de época", ou seja, monótono, sem grandes repentismos ou mudanças de velocidade, e com as balizas lá muito longe. Deu acima de tudo, para espreitar os novos reforços e verificar que alguns deles se podem assumir como verdadeiras mais-valias da equipa.

Equipa inicial:

Pedro Roma, Sarmento, Litos, Kaka e Vinha; Paulo Sérgio, Nuno Piloto e Miguel Pedro; Ivanildo, Lito e Gyanó.

O típico 4x2x3x1, que se desdobrava em 4x3x3 em termos ofensivos, com a particularidade de Miguel Pedro assumir a coordenação de todo o jogo ofensivo da Briosa, fazendo de Filipe Teixeira, à semelhança do que sucedeu no final da época passada. Notas de destaque pela positiva nos jogadores que transitaram do ano passado, para Paulo Sérgio (bem fisicamente e com oportunidade clara para marcar) e Nuno Piloto (deverá disputar aquele papel de médio de transição com Cris ou Ousmane N'Doye).

2a parte:

Ricardo; Pedro Costa, Berger, Orlando, Lira; Pavlovic, Paulo Sérgio, Licá, Hélder Barbosa, Lito e Nestor Alvarez.

Mantiveram-se na equipa Paulo Sérgio e Lito, sendo que Pavlovic (por lesão) e Lito (opção) acabaram por sair no decorrer da 2a parte para as (re) entradas de Piloto e Ivanildo. O mesmo esquema táctico, com a "nuance" de Licá surgir frequentemente como segundo avançado. Valeu, essencialmente, pelo reaparecimento de Helder Barbosa e pela vontade de Nestor Alvarez, que veio recuperar bolas ao seu meio-campo defensivo por mais que uma vez, algo que nunca lhe vi fazer o ano passado, o que indicia uma nova atitude. A ver vamos. Menos bem esteve Pavlovic, ainda muito preso de movimentos, confirmando a ideia que vinha do ano passado: entre ele e Paulo Sérgio, só pode jogar um na mesma equipa.

Não dá para ter uma ideia real de cada um, mas fica apenas uma ligeira apreciação do (pouco) que lhes vimos fazer.

Lito - Provavelmente o melhor jogador em campo. Correu muito, jogou bem dos dois lados, imprime grande velocidade pelas faixas. Vai ser muito útil esta época.

Ivanildo - Alternou o muito bom (pormenores deliciosos) com o medíocre (perdas de bola infantis), o que é normal nesta fase. Pareceu adaptar-se bem quer ao lado direito quer ao lado esquerdo.

Ricardo - Tranquilo, sem grande trabalho. Parece-me bom a jogar com os pés.

Pedro Costa - Correu muito pela faixa direita, mas nem sempre foi bem solicitado, com passes transviados. É o principal candidato ao lugar, apesar de ter (naturais) dificuldades nas bolas pelo ar.

Markus Berger - Imponente em termos físicos, revela algumas dificuldades em ternos técnicos, como se confirma por alguns passes transviados. Duro na marcação, não hesita se tiver que recorrer à falta.

Orlando - Algumas perdas posicionais e passes sem grande nexo. No resto, sem muito trabalho.A rever.

Hélder Barbosa - Mexeu com o jogo. Está solto, com alegria a jogar. É uma mais-valia para a briosa. Nota-se ainda uma desnível acentuado na massa muscular entre a perna esquerda e a direita, fruto da partagem prolongada. A continuar assim, no início do campeonato, estará pronto a arrasar.

Licá - Claramente a sentir o peso da transição de uma 3a nacional para a 1a divisão. Pareceu muito desgastado e nunca conseguiu dar sequência aos lances ofensivos da Briosa.

A Briosa volta a jogar amanhã com o V. Guimarães no complexo desportivo da Tocha pelas 10h30.

O Rapazes de Preto sabe que a direcção da AAC está a ponderar seriamente a possibilidade de condicionar a entrada de adeptos para o próximo jogo-treino com o Guimarães ao pagamento de um ingresso.

Muita tinta correu na sequência da confirmação deste jogo-treino, que desagradou aos sócios da Académica. Por isso mesmo, chegou a ser veiculado que o jogo poderia ser realizado à porta fechada o que, ao que sabemos, nunca chegou verdadeiramente a ser equacionado pela direcção. Todavia, e por razões que, segundo apurámos, se prendem com o encerramento do estágio e outras questões logísticas, o desafio passou para as 10h30 da manhã.

Apurámos recentemente que a questão do pagamento de bilhetes é uma fortíssima possibilidade e que, inclusivamente, a receita não entrará nos cofres da Briosa. Mais uma qustão quente que poderá ser comentada no próximo dia 12, pelo presidente José Eduardo Simões, como confirmou ontem aos microfones da RUC o vice-presidente para a área do futebol António Preto.